Balanço final da Feira dos Vinte
«ESTA É A VERDADEIRA FESTA DE PRADO»
Tem sido o principal tema de conversa ao longo dos dias de ontem, segunda-feira, e desta terça-feira, em vários espaços comerciais da Vila de Prado.
Terminada a tradicional Feira dos Vinte de 2024, enquanto lá fora se vai desmontando tudo e se limpa o recinto, rasgam-se elogios à organização e comenta-se o programa levado a efeito, o qual trouxe até ali vários milhares de pessoas ao longo dos três dias de feira/festa.
«Uma das maiores e melhores feiras dos últimos anos», «excelente trabalho da Junta de Freguesia e de todas as associações envolvidas» e «a feira do gado e tudo o que mexe com o campo ajuda a arrastar multidões», foram algumas das expressões registadas.
Num balanço final, Albano Bastos, presidente de Junta da Freguesia da Vila de Prado, realçou a importância da parceria logística com o “Município de Vila Verde” (principal parceiro), a “Confraria Gastronómica das Provas da Feira dos Vinte” e a “Caviver”.
«Foi criado um programa para os três dias, onde os cavalos foram a principal atracção, destacando-se o “Festival do Garrano” e as duas “Galas Equestres com o Miguel da Fonseca”», referiu o presidente.
Sobre o grande número de público ali presente ao longo dos três dias, Albano Bastos garantiu ter sido «fruto de um programa extenso e da sua divulgação, acabando por trazer muitos visitantes que foram espectadores e consumidores daquilo que a feira tinha para oferecer, tanto na parte gastronómica como junto dos feirantes».
Ainda segundo o autarca, a Junta de Freguesia da Vila de Prado, a quem cabe toda a responsabilidade e organização do evento, na hora de começar a fazer contas, «tem aqui um esforço financeiro acentuado, perante aquela que é a verdadeira festa de Prado».
Também sobre a animação musical, e estando nós no Minho, as desgarradas, o folclore, o cantar dos reis e as rusgas mereceram enaltecimentos por parte de quem assistiu a esses momentos de pura alegria.
As Galas Equestres Miguel da Fonseca, tendo como cenário o som do fado e o brilho das luzes, transformaram o Picadeiro coberto num excelente espectáculo, onde, perante o olhar atento de muita assistência, os cavalos, preparados por aquele reconhecido cavaleiro, campeão europeu de Equitação de Trabalho, são o principal destaque.
O “Festival do Garrano”, uma das quatro raças de equinos autóctones de Portugal, juntamente com a Lusitana, a Sorraia e o Pónei da Terceira, permitiram, pela primeira vez na Feira dos Vinte, um espectáculo de brilhantes exibições.
Na tenda da gastronomia, a “Noite das Provas”, onde a restauração e associações puseram à prova as “Papas à Moda dos Vinte”, acompanhadas pelo melhor vinho verde da região, serviram para os presentes se regalarem com este prato da gastronomia portuguesa.
A “Confraria Gastronómica das Provas da Feira dos Vinte”, criada com o propósito de não deixar cair no esquecimento essa tradição antiga, é vista pelo público como «um marco importante na defesa dos usos e costumes desse prato da culinária local».
A secular Feira dos Vinte, evento com mais de 700 anos de existência, estará de volta, com toda a sua pujança, em 2025.