Feira dos Vinte atraiu um mar de gente à Vila de Prado!

A edição de 2018 da Feira dos Vinte (também conhecida por Feira das Trocas ou Festa de S. Sebastião) atraiu um autêntico mar de gente à Vila de Prado. O setor da pecuária, ex-líbris da feira, foi reforçado e o programa enriquecido com atividades diversas como o concurso pecuário, o espetáculo equestre, o encontro de reis, o festival de folclore e a prova de saltos a cavalo. Os resultados não se fizeram esperar. O público compareceu em massa e compôs belas molduras humanas que ajudaram a dar ainda mais brilho à ocasião. Ao longo de três dias, 19 a 21 de janeiro, largos milhares de pessoas rumaram ao Largo de S. Sebastião, onde puderam sentir o pulsar vibrante da genuína tradição minhota, num certame que conta com séculos de história.

O céu acinzentado e as ameaças de chuva, que aqui e ali iam se iam transformando em aguaceiros, acabaram por não causar mossa, já que em frente ao palco do recinto, no Largo de S. Sebastião (Campo da Feira), foi implementada uma tenda gigante para abrigar o público. A programação começou no dia 19 de janeiro, com a tradicional Noite das Provas, em que se degustam as papas de sarrabulho com rojões e se prova o vinho novo. No fim do jantar, as rusgas subiram ao palco para animar o recinto.

Vários motivos de interesse com pecuária em destaque

No dia seguinte, 20 de janeiro, a azáfama começou muito cedo e as primeiras cabeças de gado chegaram com o raiar da aurora. O setor da pecuária tem lugar de destaque, mas, do artesanato aos produtos do campo, passando pela doçaria, gastronomia regional, coudelaria e vestuário/calçado, entre outros, não faltaram motivos de interesse para quem visitou o certame. Em pleno Dia de S. Sebastião, a Capela erigida em Honra do Santo, localizada nas imediações do recinto, recebeu uma Eucaristia, às 11h00, e a visita de inúmeros fiéis durante todo o dia, que por lá passaram para prestar a sua devoção.

Equídeos foram uma das sensações do programa

Ao início da tarde, começou uma atividade que deixou um sorriso estampado na cara dos amantes dos equídeos e de muitos curiosos que não resistiram a espreitar o espetáculo equestre. Com o período vespertino já pela metade, foi tempo de entrarem em cena os divertidos e animados cantares ao desafio. Para o serão estava reservada outra das novidades da festa, o Encontro de Reis, protagonizado por vários grupos pradenses. Para o último dia da festa estava agendada mais uma atividade fortemente concorrida, a prova de saltos a cavalo, que atraiu centenas de espectadores ao picadeiro improvisado na Quinta do Paraíso. Antes de começarem os saltos, iam decorrendo passeios de cavalo e de charrete, que fizeram as delícias de miúdos e graúdos. Não faltou também animação musical para colorir a tarde de domingo, com a atuação em palco dos dois grupos de folclore da Vila de Prado.

Uma feira que remonta ao tempo de D. Dinis

Com vários séculos de história, o certame remonta ao longínquo século XIV, em que o rei D. Dinis era o soberano da nação. Desde então, realiza-se sempre do dia 20 de janeiro de cada ano. Em tempos idos, era na Feira dos Vinte que se estabelecia o preço do gado para o resto do ano, o que atesta a importância da feira ao longo da história. Foi-se adaptando ao virar dos tempos e resistiu até aos dias de hoje, em que continua a apresentar um fulgor assinalável. A Feira dos Vinte foi organizada pela Junta de Freguesia da Vila de Prado, com o apoio do Município de Vila Verde.